terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Administrando o tempo

Para mim, uma pessoa com objetivos e com uma história por trás desses objetivos é normalmente alguém muito atraente, alguém com história pra contar. Uma pessoa que tem objetivos e que sabe administrar seu tempo de forma cartesiana e metódica, então, mais ainda. É o tipo de pessoa que sabe o que quer, aonde quer chegar e como quer chegar.

Saber administrar seu tempo e fazer uma conciliação entre ele e suas metas é algo necessário, especialmente se você é uma daquelas pessoas que querem sempre fazer 1944 coisas, mas nunca consegue se organizar para começá-las (ops, ouvi meu nome). Mas, será mesmo que é todo o mundo que senta na mesa (ou deita no sofá), pega um papel ou uma caneta (que podem estar na própria cabeça da pessoa) e começa a fazer um organograma relacionando metas, objetivos com o seu tempo disponível?

Eu, até há uns tempos atrás, não fazia isso, não. Eu tinha em mente muita coisa, mas não tinha nenhuma meta em mente para atingir meus objetivos. Eles simplesmente estavam ali, na minha cabeça, que nem um enfeite em uma prateleira. E as metas necessárias para chegar até eles estavam soltas, difusas, como um quebra-cabeça do qual só conseguimos encaixar duas peças.

Acredito que o negócio do cara viver a vida dele no "Easy Rider" mode é bastante bonito e exótico, mas não é nada eficaz quando você tem objetivos em mente e precisa (ou quer) chegar a algum lugar. Ele é muito legal como uma forma compensadora de viver tempos em que a pessoa acha que já fez tudo o que queria, que não lhe restam mais desafios. Então, para não pirar, nem perder o brilho de viver, o "Easy Rider" lifestyle é maravilhoso. Viver para curtir.

O problema é que não podemos colocar a carroça na frente dos bois. Para chegarmos ao estágio espiritual de "Easy Rider", é preciso primeiro curtir a vida do jeito que é para ser curtida antes dele: ralando, trabalhando para fazer aquilo que se quer fazer. E, para isso, acho necessário ter bem claro os "O QUÊs" e os "COMOs" no papel.

Aqui, vai uma dica minha, um exercício bem interessante de planejamento:

1) Pegue um papel e uma caneta e escreva tudo o que você gostaria de fazer neste ano.
2) Primeiramente, vá escrevendo tudo o que der na telha.
3) Enquanto escreve o que quer fazer, escreva também as perguntas com suas respectivas respostas: "Por que quero isso?", "Quanta vontade tenho de fazer isso?", "O quão necessário isso é na minha vida?" e "Para quando quero fazer?".
4) Agora, organize todas as coisas, sendo que o ideal, na hora de priorizar o que fazer primeiro, é começar com alguma coisa que você tenha uma necessidade muito grande de fazer e, ao mesmo tempo, uma grande vontade. Claro que você deve fazer sempre o que está ao seu alcance, no momento presente, agindo de acordo com as possibilidades da ocasião. (Por exemplo: você tem muita necessidade e muita vontade de fazer um curso de inglês, porém, não tem possibilidade alguma de começar a fazer. Nesse caso, faça alguma coisa que você tem muita vontade e necessidade, também, mas que esteja mais ao seu alcance.)
5) Faça uma espécie de calendário, dividindo-o em colunas para os dias da semana e os horários e em linhas para as atividades que você exerce, de acordo com as horas produtivas do seu dia - i.e., as horas que você não dorme ou descansa. Olhe o exemplo abaixo:

6) Caso você tenha um desses horários em tempo livre, deixe em branco. É ali que você vai colocar as suas novas atividades.

Bem, essa é a MINHA maneira de organizar meu tempo e minhas metas. Você pode também criar uma que se adapte a você.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Roads

Na minha caminhada de desenvolvimento pessoal, há umas semanas atrás, cheguei à conclusão de que, para que eu possa galgar alguns degraus a mais, eu tenho duas metas bem definidas: quero adquirir mais auto-confiança e ter mais controle das minhas emoções.

O Marcelo (Musashi), grande amigo meu e uma pessoa muito iluminada, daquelas que tem a habilidade de fazer você se sentir bem apenas fazendo você sentir a presença delas, é uma pessoa que é muito presente e vem acompanhando a minha senda há uns anos. Ele afirma que eu estou em um estágio "Nível 1" de desenvolvimento - algo como o "1º Dan" (grau) da faixa preta de uma Arte Marcial. (Aliás, termo bem propício, vindo como palavras dele, que é 1º Dan de Karate)

Então, para que eu possa atingir o Nível 2 ("2º Dan") e o Nível 3 ("3º Dan"), eu já tenho em mente quais as tarefas necessárias que eu preciso cumprir. As duas são difíceis e demandam a passagem por um caminho árduo e exigente. Porém, o lado legal é que eu já tenho em mente como farei para consegui-las. Meio caminho andado.

"Ter mais auto-confiança" e "ter mais mais controle sobre as emoções" são duas coisas, na realidade, que caminham juntas, na maioria dos casos. Se você tem uma confiança inatingível, no seu taco, pressupõe-se que você consegue se controlar perante uma situação difícil. E, se você é uma pessoa que tem um controle stalinista sobre as suas emoções, via de regra você é uma pessoa que sabe o que tem que fazer e em que momentos tem que fazer, acreditando mais no seu potencial de passar por cima de intempéries. No entanto, mesmo assim, uma coisa pode ser buscada antes da outra.

De qualquer forma, esses são objetivos. E objetivos são coisas que fazem a gente se sentir vivo, se sentir caminhando em alguma direção (e tendo a certeza de que se chegará a algum lugar). Aquele papo de "andar sem lenço, sem documento" pode ser interessante, libertador, mas não para alguém que pensa demais, como eu. Para alguém que é demasiadamente filosófico e quer sempre ter um propósito para tudo. De qualquer modo, o papo do "vagar sem destino" é algo romântico mesmo, porque, mesmo sem destino, você está vagando para outros lugares.

E você, o que quer para a sua vida?